A Didimo, uma empresa spin-off da Universidade do Porto, incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, acaba de garantir um financiamento serie A de mais de 7 milhões de euros, numa ronda liderada pela Armilar Venture Partners.
Este financiamento será aplicado em acelerar o crescimento comercial da Didimo e contratar, pelo menos, dez novos funcionários no próximo ano, aumentando a equipa para um total de 35 pessoas.
Verónica Orvalho, fundadora e CEO da Didimo, refere que esta ronda, num momento de menor liquidez no mercado financeiro, é “um privilégio”. A empreendedora acrescenta ainda que aumentar a equipa será uma motivação extra para “ainda mais dedicação” à missão da empresa spin-off da Universidade do Porto.
Criada em 2016, a Didimo é líder no desenvolvimento de modelos digitais interativos de alta fidelidade de cada pessoa (avatares). Através apenas do upload de uma fotografia, qualquer utilizador pode criar uma personagem 3D que vai interagir nos mais variados serviços online. Tudo isso graças à tecnologia desenvolvida pela Didimo, que tem uma infraestrutura cloud automatizada, permitindo a qualidade, velocidade e versatilidade necessárias para criar os “didimos”, ou avatares em… menos de um minuto. Basta utilizar a aplicação Didimo Xperience (disponível para Android ou iOS).
A tecnologia pioneira já garantiu à Didimo projetos com a Amazon e a Sony. Com escritório-base no Porto, a Didimo está espalhada por todo o mundo, desde o Reino Unido à República Dominicana.
Motivos não faltam para que capitais de risco e outras entidades estejam atentas ao trabalho da startup portuense, querendo investir. Esta não é, de resto, a primeira vez que a Didimo recebe avultados montantes: só em 2019 foram mais de 6 milhões de euros, em duas rondas.
A primeira dessas rondas, no valor de 4,4 milhões de euros por um fundo português composto pela Portugal Ventures, Farfetch, Bynd Venture Capital, Beta-i e a LC Ventures. Nesse mesmo ano, já em dezembro, a Didimo recebeu mais de 1,8 milhões de euros da Comissão Europeia.
Em 2020, e em plena pandemia da Covid-19, a startup fechou novo financiamento de 1 milhão de euros (numa ronda liderada, também, pela Armilar VP) que foi utilizado para aumentar a equipa e contratar novos talentos.
Antes, em 2017, Verónica Orvalho, que é também docente na Faculdade de Ciências da U.Porto. Atualmente, recebeu também um prémio de 47 mil euros no concurso internacional Women Startup Challenge, que aconteceu na sede da Google, em Nova Iorque.