Nesta edição da rubrica "À conversa com as empresas" fomos conversar com Pedro Moura, Diretor de Inovação da Merck Portugal. Na sua opinião, a Merck e a Universidade do Porto são instituições "de excelência", que certamente irão conseguir ultrapassar os desafios do novo normal. E isso, refere, "passa também por um trabalho que pode ser feito em conjunto".

 

P: Qual a importância da relação da Merck com o meio cientifico e tecnológico?

R: Na Merck, costumamos dizer que a ciência está no coração de tudo o que fazemos. É a ciência que impulsiona as nossas descobertas e é a ciência que nos leva mais longe e nos permite fazer a diferença e melhorar milhões de vidas todos os dias, graças aos tratamentos e às técnicas que disponibilizamos. E, claro, a tecnologia está aqui presente e é quase impossível de dissociar da ciência. O que significa que é também impossível falar da Merck sem pensar em ciência ou tecnologia, não só na própria companhia, que tem uma forte componente de investigação e desenvolvimento, mas também na relação que estabelecemos com vários parceiros, como é o caso da Universidade do Porto.

 

P: Como é que Merck tem vindo a interagir com a U.Porto?

R: A Merck encontra-se a apoiar um projeto de investigação liderado por Marco Alves, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), no âmbito do Programa de Inovação Médica para Reprodução Humana, para o desenvolvimento de tecnologias que melhorem a preservação do esperma.

Enquanto líderes nacionais no tratamento da infertilidade e sendo mesmo a única empresa farmacêutica com uma oferta global, que vai desde os medicamentos aos dispositivos, passando também pelos meios de cultura, temos uma aposta muito forte nesta área, até porque a infertilidade é um problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e muitos casais em Portugal. Sabe-se que muitos dos problemas de infertilidade masculina são causados por anormalidades no esperma e aquilo que se está a fazer no ICBAS é investigação no sentido de melhorar as técnicas de preservação de esperma existentes, para que se consiga manter a qualidade e viabilidade dos espermatozóides.

 

P: Quais os principais desafios que os dois agentes têm pela frente?

R: Em tempos tão incertos - e diferentes - como os que vivemos hoje, os desafios são grandes e têm sobretudo a ver com esta incerteza, que nos obriga a estar mais alerta e a ter uma capacidade de adaptação enorme. É assim para a Merck, que quer continuar a impactar positivamente a vida das pessoas e é também assim para instituições como a Universidade do Porto, que quer continuar a formar novas gerações capazes de levar de vencida os obstáculos que se lhes coloquem e desenvolver ciência e tecnologia de qualidade e com um impacto que vai muito além da realidade local.

Acredito na excelência e creio, por isso, que companhias de excelência, como a Merck, e instituições de ensino de excelência, como a Universidade do Porto, vão conseguir ultrapassar esses desafios e adaptar-se às novas realidades, o que passa também por um trabalho que pode ser feito em conjunto.