A LabOrders tem como missão acelerar a ciência, tornando-a mais eficiente. Trata-se de uma plataforma online para colocar e gerir encomendas em instituições de I&D e já conta com clientes como o CIIMAR, na Universidade do Porto, o CNC em Coimbra ou a FCiências.ID em Lisboa.

A startup recebeu a chancela spin-off U.Porto em 2017 e continua a crescer. Fomos conversar com o Bruno e o Tiago, de uma forma bastante descontraída. Vamos conhecê-los melhor?

1. Como é um típico dia de trabalho na LabOrders?

Por causa da pandemia, estamos em trabalho remoto desde março do ano passado, e naturalmente os dias têm sido bastante diferentes. Ainda assim, todos os dias às 10h00m temos um check-in rápido entre toda a equipa - 15 minutos para ficarmos todos a par do que cada um está a fazer. O resto do dia varia bastante. Parte da equipa está concentrada no desenvolvimento do software, e temos também muitas reuniões com clientes atuais assim como com novos clientes potenciais. Infelizmente, nesta fase perdemos o convívio dos nossos almoços de equipa em conjunto.

 

2. O que fazem, enquanto equipa, quando se sentem menos criativos ou animados?

A verdade é que estamos todos entusiasmados com a nossa missão e no ritmo acelerado em que nos encontramos, não temos sentido falta de ânimo. Não querendo parecer insensíveis, a realidade é que temos tido imensas solicitações de projetos muito entusiasmantes durante a pandemia.

Ainda assim, antes da pandemia fazíamos com regularidade atividades em equipa para nos divertirmos em conjunto, fora das atividades normais de trabalho. A última foi um Escape Room - que nos deixou em modo super focado e onde uma hora voou - recomendamos! Já no modo online, tivemos este mês uma sessão de Pictionary virtual - e, embora a nossa qualidade artística com o rato possa ser questionável, foi surpreendentemente divertido.

 

3. Porquê o nome LabOrders?

O primeiro desafio que a empresa resolveu foi o de simplificar o processo de encomendas de material de laboratório - daí o nome: Lab / Orders.

Hoje, fazemos muito mais do que isso - não só passam pelo LabOrders todos os processos de despesa da instituição (incluindo, por exemplo, idas a conferências científicas), como temos muitas outras funcionalidades, desde gestão de stocks até à gestão de projetos e pedidos de pagamento às entidades financiadoras.  Temos resistido a mudar o nome, mas neste momento somos muito mais do que “encomendas dos laboratórios”.

 

4. Como é, para vocês, ser membro da família de spin-offs da U.Porto, o The Circle?

Para nós tem sido interessante e útil. Além dos eventos de networking e formação, há uma parte de imagem e de aumento de visibilidade que é importante. Aliás, já tivemos pelo menos um caso em que um potencial cliente nos contactou, depois de tomar conhecimento da LabOrders através de um dos folhetos do The Circle. Esperamos continuar a crescer em conjunto!

 

5. Quem é a pessoa mais divertida da empresa?

Pergunta difícil! Acho que se perguntarem a todos, cada membro da equipa responderá com uma pessoa diferente. Temos todos bastante bom humor e formas consideravelmente diferentes de o expressar. Mas tem funcionado bem. O tema do momento é que não fizemos plano de contingência para cortar os cabelos, e alguns elementos da equipa estão a sofrer mais que outros!

 

6. Se uma criança um dia vos disser "Quero ser empresário/a!", qual será o vosso primeiro conselho?

Um ponto crítico e comum a todos os projetos empresariais (e não empresariais!) é a capacidade de vender. Por isso, um conselho que julgamos útil é começar desde já a treinar competências de venda. Os exemplos clássicos da bancada de limonada ou de vender desenhos de Pai Natal aos avós vêm à cabeça.

 

7. Se pudessem escolher um só sonho a alcançar com a LabOrders, qual seria?

Ser líder internacional na área de software de gestão e apoio a organizações focadas na I&D. Quantos mais utilizadores tivermos, mais conseguiremos ajudar, mais eficientemente se fará Ciência!

 

8. Quais os planos da LaboOrders para o futuro mais próximo?

Tivemos um ano muito positivo, com várias instituições grandes a juntarem-se ao LabOrders em Portugal e este ano vamos ativar o nosso primeiro cliente internacional, no Canadá - que veio de uma referência espontânea de um dos nossos clientes. Os planos imediatos passam por continuar a aumentar o número de instituições que beneficiam do LabOrders em Portugal, ao mesmo tempo que iniciamos a fase seguinte de crescimento internacional.

 

9. O que aprenderam, até agora, com esta jornada empreendedora? E com as pessoas com quem trabalham?

Algo que ambos aprendemos nos nossos percursos foi a importância de nos focarmos. É um aspeto a que, apesar da experiência, temos que estar sempre atentos para encontrar o melhor equilíbrio. Quando somos ambiciosos com os nossos objetivos e temos uma visão forte, é fácil cair na tentação de querer fazer “tudo” antes do tempo e isso leva a problemas. Mas se não nos desafiarmos a fazer sempre um pouco mais, também estamos a limitar o nosso sucesso.

 

10. Quais os vossos sonhos pessoais?

Temos muitos! Mas com estreita ligação à nossa formação científica e ao espaço em que a Laborders opera (instituições de I&D e de Educação), gostávamos de conseguir evoluir a empresa até a um nível que nos permitisse “give back”, ou seja retribuir de volta à sociedade de forma significativa e que cause impacto.  Temos discutido algumas ideias para apoiar iniciativas de ensino e de ciência no futuro e estamos a dar o nosso melhor para as podermos tornar realidade.